Jornalismo
Profissionais da saúde, pessoas de diversas áreas opinaram e divergiram sobre essa atitude em levar atendimento médico aos territórios mais inóspitos do serviço social. O questionamento a ser feito não em relação adesão de cubanos, argentino, espanhóis ao nosso sistema, mas sim o porquê da situação chegar ao ponto de ser necessário ajuda de fora. O fato é que por mais que existam médicos brasileiros capacitados para realizar esses atendimentos, faltam no cerne de seus profissionalismos as palavras que os mesmos proferiram em sua colação de grau e formatura. É uma falta de compaixão e mais do que isso, um pecado grave no que diz respeito ao auxílio aos mais pobres.
Reclamar, difamar e protestar quando os médicos chegaram ao nosso país, foi apenas a ponta de um iceberg que está enraizado na cultura médica brasileira: a falta de solidariedade e compromisso com os pobres. Posso até ser generalizado, mas, é o que vejo na realidade de Dourados. Poucos são os motivados a trabalharem na rede pública de saúde, e não é apenas por falta de salários competitivos e estruturas, é principalmente pelo fato de serem médicos de famílias que já possuem tradição na área e assim sendo, preferem continuar na mordomia conquistadas pelos pais e trabalhar em uma rede onde a clientela já está consolidada.
O grande problema do programa mais médicos implantado pelo governo federal, não é a concorrência de profissionais que só vão ficar por dois anos em nosso país, é escancarar no rosto do brasileiro a falta de respeito que os nossos profissionais - que tem como propósito zelar pela saúde do povo - não se importam se existem pessoas nos corredores de hospitais, se crianças e velhos morrem todos os dias a espera de atendimento. Mostrar para o Brasil que o grande problema é o