Didática
Para entender a descrença em relação ao planejamento e compreender melhor esse movimento, o autor recorre à análise filosófica, sociológica e histórica. As contradições que estudamos antes tem relação à cultura que estamos envolvidos.
Os vícios da cultura da civilização ocidental permeiam a concepção teórica que marca o conjunto dos educadores.
Voltando a historia do pensamento humano, vemos que a reflexão do homem ficou ligada a duas correntes: a Metafísica e a Dialética. Na significação moderna, Dialética é o modo de pensarmos as contradições da realidade, o jeito de entendermos a sociedade como sendo contraditória e em transformação constante. Heráclito foi o pensador dialético mais radical da Grécia antiga e defendia a cosmovisão que admitia o movimento constante de tudo, onde o conflito é o pai e rei de todas as coisas e as realidades se transformam umas nas outras. A Dialética é uma concepção de aproximações sucessivas, o sujeito a partir de uma pratica de intervenção no real se aproxima do ser e do pensar dialético.
Já Parmênides defendia que as coisas são estáveis, não admitindo a contradição presente: ”o ser é, o não ser não é”, para ele a essência profunda do ser não poderia ser mudada e a mudança era um fenômeno apenas de superfície. Essa linha de pensamento, a Metafísica, acabou tendo mais influencia que a Dialética, isso porque correspondia, nas sociedades divididas em classes, aquilo que interessava as classes dominantes, pois assim impediam que o homem cedesse a vontade de querer transformar o regime social que vigora. Esses desdobramentos podem ser analisados na realidade do professor. O autor aborda o trabalho do Educador em sala de aula sob dois enfoques: um, de natureza objetiva, outro, subjetiva. No ponto de vista objetivo,