"Da genese do jornalismo empresarial e das relações públicas a comunicação organizacional no Brasil" No começo, quando se falava em comunicação organizacional brasileira, tudo se resumia à publicação e veiculação de boletins, jornais e revistas para os empregados. Esse era o panorama comunicacional vigente na segunda parte dos anos 1960, quando o campo da comunicação organizacional começava o seu processo de organização teórica e prática. A referência mais significativa desse movimento inicial de afirmação da comunicação organizacional brasileira é a fundação, em 8 de outubro de 1967, da Aberje, na época, Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresa destacada por Torquato e Kunsch destacando o papel pioneiro da Aberje, principalmente aquele voltado a profissionalizar as publicações empresariais. A Aberje foi iniciativa de um grupo de comunicadores empresariais, empregados em empresas multinacionais e brasileiras a sua frente Nilo Luchetti, jornalista italiano, gerente da Pirelli, que, na época, dirigia a revista Notícias Pirelli, uma publicação produzida dentro dos objetivos de relações humanas.As publicações empresariais da época eram produzidas com pouca teoria jornalística e de relações públicas, carentes de técnicas editoriais e quase sem recursos econômicos. Com a Aberje, a Comunicação Organizacional brasileira começava a pensar e operar os seus processos de maneira mais densa, o que significava incorporar em seu cotidiano um olhar teórico, principalmente aquele vindo da Universidade. Prova disso é a participação, nas primeiras direções da Aberje, de professores e especialistas reconhecidos, tais como Gaudêncio Torquato, Manoel Carlos Chaparro, Wilson daCosta Bueno e Waldemar Krohling Kunsch. Com a redemocratização brasileira a comunicação organizacional voltou os seus olhos para o ambiente histórico e político, e alinhou os seus planejamentos e ações, principalmente aqueles voltadas à imprensa, para o novo momento da