Resenha critica
O conceito de sustentabilidade tem sido muitas vezes acopladas a uma visão empresarial que vê o meio ambiente como algo externo.
As mídias conservadoras e comunicadores desavisados tendem, muitas vezes, a ignorar as raízes do jornalismo ambiental, sua disposição irrecusável para a mobilização e para o despertar de consciência, tentando torná-lo refém de ações mercadológicas ou empresariais e interesses públicos, confundem jornalismo ambiental com marketing verde ou até mesmo ecopropaganda.
O autor defende que o jornalismo ambiental deve ter compromisso com o interesse público, com a democratização do conhecimento, com a ampliação do debate. E não pode ser utilizado como porta-voz de segmentos da sociedade para legitimar poderes e privilégios, como fazem as grandes corporações.
Nesta visão o jornalismo ambiental não pode ser feito como propriedade dos que detêm o monopólio da fala. As fontes no jornalismo ambiental devem ser de todos nós e sua missão será sempre compatibilizar visões, experiências e conhecimentos que possam contribuir para a relação sadia e duradoura entre o homem (e suas realizações) e o meio-ambiente.
O jornalismo ambiental brasileiro, equivocadamente, tem sido acometido pela “síndrome Lattes”, ou seja, tem priorizado fontes que dispõem de currículo acadêmico.
O jornalismo ambiental deve enxergar além das aparências e não ser complacente com aqueles que se aproximam da temática ambiental para formar ou reforçar a imagem. A pauta ambiental que despreza os conceitos acaba abrindo espaço para o oportunismo empresarial. Desenvolvimento sustentável que deve ser objeto de preocupação do jornalismo ambiental é aquele que reduz as desigualdades, que denuncia a apropriação da água doce pela empresa agroindustrial. Enfim, que