Jornalismo de verificação
Desde o princípio da emissão de notícias, fazer o público leitor confiar no texto relatado pelo correspondente era um critério fundamental para os gregos há milênios. Não bastava produzir um conteúdo relatando simplesmente a situação, lutava-se para fazer um texto mais independente e confiável. Para isso, a checagem dos fatos tornou-se fundamental. Tucídides elucidou, ainda antes de Cristo, que em seus métodos de reportagem adotaria uma checagem rígida, priorizando ser testemunha ocular dos eventos ou, quando isso não fosse possível, contar com informações de terceiros verificadas o máximo possível.
Como valor essencial para o texto não ficcional é possível destacar, portanto, o questionamento de como peneirar rumor, fofoca, memória oscilante, interesses etc e capturar as informações da forma mais precisa possível. A verificação deve ser um dos princípios do jornalismo, o que separa essa área do entretenimento, da propaganda, da literatura e da arte. O jornalismo é a área que recolhe a informação, compreende-a bem para somente depois transmiti-la ao público.
Conquistar a confiança do leitor é provavelmente o foco principal do jornalista. Walter Lippman escreveu no início do século 20 que não pode haver liberdade numa comunidade que não conta com a informação por meio da qual se detectam as mentiras, e para que isso ocorra, que a sociedade aceite o conteúdo veiculado pelos jornalistas, é preciso uma relação de confiança.
A objetividade é outro conceito difundido nessa área da comunicação, e ganhou força também no início do século passado devido ao preconceito existente sobre os jornalistas. A objetividade reclamava que os profissionais desenvolvesse um método consistente de testar a informação, utilizando as provas que possuíam para dar mais transparência ao conteúdo. No final do século 19, falava-se sobre o realismo, uma ideia que se os repórteres cavassem os fatos e os ordenasse direito, a verdade surgiria naturalmente. Na época