Jornal Do Campo
Luiz de Carvalho
Depois dos valores recordes, no ano passado, aumenta a área cultivada e a oferta do produto.
No Paraná, plantio saltou de 156,7 mil hectares para 177,1 mil hectares, de 2013 para 2014.
Os preços recordes alcançados pela mandioca, no ano passado, levaram a um aumento da área de plantio na atual safra e, consequentemente, maior disponibilidade da raiz em todo o País. O resultado foi uma forte queda dos preços, que já se aproximam do custo de produção.
O Paraná, como segundo maior produtor brasileiro, atrás apenas do Pará, é um dos Estados mais afetados pela retração dos preços, sobretudo porque muitos proprietários rurais desistiram de outras culturas para iniciar-se no cultivo da mandioca. Outros já destinavam parte da propriedade à raiz e decidiram ampliar a área
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura, a área sofreu incremento de 13%, em comparação com a safra passada, saltando de 156,7 mil hectares para 177,1 mil hectares. Em relação à produção, a
previsão é de aumento de 8%, chegando a 4 milhões de toneladas, contra 3,77 milhões, na safra passada.
"Já fazia uns três ou quatro anos que a mandioca estava lucrativa, mas, no ano passado, realmente os preços ficaram bem atraentes e, como outras atividades em minha propriedade não iam bem
, optei por aumentar a área, mas agora vejo que não fiz um bom negócio", diz o produtor Aldo Hashimoto, da região de Paranacity. Ele já plantava três alqueires com mandioca, mas decidiu acabar com o pasto, porque o preço do leite mal cobria o custo de produção, e o laranjal, atingido pelo greening, e nesta safra plantou 25 alqueires com a raiz.
Mas, Hashimoto não foi o único, em Paranacity, a ser atraído pelos preços recordes do ano passado. Teve quem acabasse com a pastagem, urucum ou laranja e ocupou 100% da propriedade com mandioca.
Segundo o