Amazonas
XXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Campo Grande – MS
A HISTÓRIA DO JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO AMAZONAS
Eula Dantas Taveira
(Jornalista, Educadora Religiosa, Professora Universitária–FIAM, Mestre e Doutoranda em
Comunicação Social pela UMESP).
1. A Imprensa no Brasil e no Amazonas
A imprensa chegou ao Brasil em 1808, com a corte do príncipe D.João que se instalou no nosso país porque as tropas napoleônicas invadiram as terras portuguesas. Por decreto, D.João, criou a Imprensa Régia “utilizando dois prelos e 28 caixotes de tipos”, onde apenas poderiam ser impressas publicações reais. Só bem “mais tarde,” é que “concedia licença a particulares para instalar oficinas gráficas em diversas províncias”. (Beltrão, 1992:134). Na época, ninguém, além do poder real, poderia ter equipamento tipográfico. Azevêdo registra que a tipografia apareceu no
Brasil em 1634, quando em Recife imprimiu-se o opúsculo Brasilsche Gelt-Sack e que em “1747, surge a primeira tipografia no Rio de Janeiro”. Mesmo existindo equipamento, somente o governo tinha autorização para imprimir e, “após a criação da Régia Oficina Tipográfica em
1821, torna-se comum o empreendimento.” (1975: 98 e 99).
Com a imposição de Portugal, os brasileiros não se conformaram. Antes, nos anos setecentos, confrontaram os portugueses com várias revoluções, pois o domínio português desde sua chegada ao Brasil até o desembarque de D.João, não permitia nenhuma manifestação livre do pensamento e imprimir qualquer texto era um crime. Na obra de Bahia podemos constatar que a arte gráfica no Brasil apareceu como clandestina, pois em 1706 tentaram funcionar um prelo em
Pernambuco, mas a Colônia bloqueou seu funcionamento. No Rio, Antônio Isidoro da Fonseca abriu uma tipografia em 1746, mas no ano seguinte a Carta Régia de 10 de maio proibiu a impressão de livros e de papéis avulsos, fechando