Jonas Mekas
Danielle Menezes Soares
Resumo
O que faz de um homem um artista? E o que faz esse artista se destacar entre os demais? O presente trabalho visa expor fragmentos da vida do artista Jonas Mekas e suas contribuições para o cinema, explicando o por que o mesmo é considerado o pioneiro do vídeo diário e sua visão peculiar quanto à beleza e a memória.
Considerado um cineasta independente, realizador do cinema contemporâneo,
Mekas é o portador de uma visão cinematográfica como projeção da poética e da existência da memória, se destacando por seu cinema documental-experimental.
Palavras-chaves: Jonas Mekas. Cinema. Vanguarda. Cinema experimental.
Cineasta. Diretor.
1 INTRODUÇÃO
"É importante saber que o que eu faço não é artístico. Sou simplesmente um cineasta. Vivo como vivo e faço o que faço, que é registrar momentos de minha vida enquanto sigo adiante. E faço isso porque me sinto compelido a isso. A necessidade, e não a arte, é o verdadeiro fio condutor de minha vida e meu trabalho." (MEKAS, Jonas. Entrevista à Sean O’Hagan, do Observer.
Tradução: Clara Allain. Disponível em: ).
Depois de chegar nos Estados Unidos com seu irmão, Jonas Mekas logo se entende com a vídeo câmera e inicia um legado de projetos vídeo-artísticos. Ao se dedicar a uma luta a favor do cinema experimental, ele deixa sua marca no mundo
Underground.
Diferente de cineastas que seguem um roteiro ou regravam repetitivamente a mesma cena, Mekas acha um jeito diferente de fazer cinema, um modo mais particular e que deixou sua marca como pioneiro do vídeo diário, chegando a captar horas e horas de sua vida com seus amigos e família.
Optou por uma visão do cinema como projeção da vida, poetizando a memória. Essas escolhas foram determinantes para uma fração do cinema contemporâneo, que era movida pela invenção.
Filmes como “Walden” (1969), “Reminiscences of a Journey to Lithuania”
(1971 – 1972) e “Lost, Lost, Lost” (1976) mostram a