John locke
Vida, época, filosofia e obras de John Locke John Locke está entre os filósofos empiristas, assim chamados devido a abrirem espaço para a ciência junto à filosofia, valorizando a experiência como fonte de conhecimento. John Locke destaca-se pela sua teoria das idéias e pelo seu postulado da legitimidade da propriedade inserido na sua teoria social e política. Para ele, o direito de propriedade é a base da liberdade humana "porque todo homem tem uma propriedade que é sua própria pessoa". O governo existe para proteger esse direito.
Locke estava interessado nos tópicos tradicionais da filosofia: o Eu, o Mundo, Deus e as bases do conhecimento. É contemporâneo de Thomas Hobbes, mas, ao contrário deste, é liberal e tem convicções parlamentaristas. Foi enorme a influência da obra de Locke. Suas teses estão na base das democracias liberais. No século XVIII, os iluministas franceses foram buscar em suas obras as principais idéias responsáveis pela Revolução Francesa. Montesquieu (1689-1775) inspirou-se em Locke para formular a teoria da separação dos três poderes. A mesma influencia encontra-se nos pensadores americanos que colaboraram para a declaração da independência americana em 1776.
Primeiros anos. John Locke nasceu na pequena cidade de Wrington, em Somerset, na região sudoeste da Inglaterra, a 29 de agosto de 1632, vindo a falecer em 1704. Foi criado em Pensford, nas proximidades de Bristol. Sua família era da linha puritana da religião anglicana. Seus pais, de origem modesta, foram John Locke, um pequeno proprietário e advogado que trabalhava como procurador e como funcionário do Juizado de Paz, e Agnes Locke, filha de um curtidor. Viviam em um chalé coberto de colmo num conjunto de moradias de famílias do mesmo nível da sua. Dos filhos do casal, John Locke era o mais velho de três, um morto na infância e outro, Thomas, cinco anos mais novo que o filósofo. Seu pai deu-lhe educação severa e correta, que Locke, adulto, reconheceu, votando-lhe