Jogos teatrais na sala de aula
PARA O PROFESSOR
Maria Abadia Cardoso*
Universidade Federal de Uberlândia – UFU ma_cardoso_h@hotmail.com Da diversidade de elementos que a palavra teatro apresenta, é consensual que sua essência reside na transformação do ator em personagem. Apesar de aparentemente simples, essa definição não pode excluir que, da passagem de um para o outro, há um complexo processo e uma série de questões a serem consideradas.
É justamente explorando as particularidades de cada uma dessas instâncias e apresentando novos aspectos, conceitos e possibilidades da linguagem teatral, e especialmente da articulação teatro/educação, que o livro de Viola Spolin “Jogos
Teatrais na sala de aula: o livro do professor” se organiza.1
Há uma preocupação de Spolin em mostrar que os jogos teatrais – pensados especificamente no ambiente da sala de aula – não são meros “passatempos do currículo”. Por meio deles é possível abordar conteúdos específicos de diversas disciplinas. Mas a sua aplicação não se restringe a esta possibilidade e a extensão do ato de “brincar”, conceito este que permeia quase toda a empreitada da autora, é uma de suas expressões:
Através do brincar, as habilidades e estratégias necessárias para os jogos são desenvolvidas. Engenhosidade e inventividade enfrentam
* Mestre em História pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e integrante do Núcleo de
Estudos em História Social da Arte e da Cultura (NEHAC). Dentre suas publicações destacam-se:
CARDOSO, Maria Abadia. Filosofia e Dramaturgia: a construção de uma realidade humana em
Mortos Sem Sepultura (Jean-Paul Sartre, 1945). Fênix – Revista de História e Estudos Culturais,
Uberlândia, v. 2, n. 1, p. 1-22, 2005. Disponível em: ; CARDOSO, Maria
Abadia. Entre o orgulho e a possibilidade de transformação: o engajamento em Mortos sem Sepultura de Jean-Paul Sartre. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais, Uberlândia, v. 2, n. 2, p. 1-17,
2005. Disponível