jogos coperativos
Para Jogar uns Com os outros e Vencer… Juntos !!
FÁBIO OTUZI BROTTO (*)
Os Jogos Cooperativos surgiram da preocupação com a excessiva valorização que a sociedade moderna atribui à competição.
Temos competido em lugares, com pessoas, em momentos que não deveríamos, como se essa fosse a única opção.
Ao contrário de ser uma característica única e inerente à espécie humana, a competição e a cooperação, são valores culturais, ou seja, são valores e atitudes construídas pela educação formal e informal.
De acordo com Terry Orlick, nós não ensinamos nossas crianças a terem prazer em buscar o conhecimento, nós as ensinamos a se esforçarem para conseguir notas altas. Da mesma forma, não as ensinamos a gostar dos esportes, nós as ensinamos a vencer jogos.
A hipervalorização da competição se manifesta nos jogos através da ênfase no resultado numérico e na vitória. Os jogos tornaram-se rígidos e organizados, dando a ilusão que só existe uma maneira de jogar.
Os Jogos em sua maioria são verdadeiros campos de batalha capazes de eliminar a diversão e a pura alegria de jogar. Estruturados para a eliminação de pessoas e para produzir mais perdedores do que vencedores, muitos jogos tornaram-se um espaço para tensão, derrota, ilusão de ser melhor ou pior que alguém e para sentimentos como raiva, medo, frustração, fracasso, rejeição, e animosidade.
Se fizermos um balanço de nossas experiências de jogar, na escola ou fora dela, verificamos que pendem muito para o lado dos Jogos Competitivos. Nem sempre os programas de Educação Física, Esporte ou Recreação dão ênfase a atividades que promovam interações positivas, colaborando para que a competição deixe de ser um comportamento condicionado, oportunizando a percepção e o exercício de outras formas de nos relacionarmos com as pessoas, com a natureza e com a gente mesmo.
Os Jogos Cooperativos são jogos com uma estrutura alternativa onde os participantes jogam COM o outro, e não contra o outro. Joga-se para