Jogo teatral: educação e possibilidades
INSTITUTO DE CULTURA E ARTE
TEATRO-LICENCIATURA
JOGO TEATRAL, EDUCAÇÃO E POSSIBILIDADES
FORTALEZA/2013
JOGO TEATRAL, EDUCAÇÃO E POSSIBILIDADES
Leuise Lopes Furtado
O presente texto visa apresentar alguns fragmentos da vivência de uma turma de primeiro semestre do curso Teatro – Licenciatura, da Universidade Federal do Ceará, experienciados na disciplina de Improvisação. Nesse processo, a construção do conhecimento estético a partir do jogo teatral demonstrou-se uma potente ferramenta de criação e aprendizagem. Durante o exercício de ensino/aprendizagem nas aulas de improvisação, estudou-se a escuta, cada jogo próprio para ser ministrado em sala de aula tem a necessidade de abrir a escuta para o mundo que está em volta, de modo que tudo que esteja fora da sala seja esquecido no momento específico do jogo, mas possa ser acessado sempre que necessário. Ao estar em cena o ator precisa abrir a escuta, perceber o outro em cena, o espaço, a plateia, a luz, o som, o imprevisto e até a própria cena. Fazer teatro não é falar, é primeiramente escutar. Os olhos podem ser fechados, se quisermos; os ouvidos não estão sempre abertos (SCHAFER, 1986 ). Schafer diz que é necessária uma limpeza do ouvido que, segundo ele, é uma série de exercícios que tornam essa escuta mais aguçada, escuta essa necessária a todo e qualquer tipo de jogo teatral. Escutar é uma alegria, assim pensa Esther Maria de Magalhães Arantes, que diz ainda:
“Escutar é uma alegria (...) pelos sentidos que aguçam a proximidade dos corpos com suas cores, cheiros, texturas, rugosidades e asperezas, adivinhando, no avermelhado da cor, no zumbido das abelhas e no perfume que exala a madurez da fruta, ainda no pé.”
Assim, para todo jogo teatral é necessário escutar, escutar com os olhos, com os pés, com os braços, com os dedos, com os cabelos e, quem sabe, com os ouvidos. Foi assim que a