Jo O Goulart No Poder
Com a renúncia de Jânio Quadros, o vice João Goulart deveria assumir o poder, no entanto, vários políticos e militares se opuseram à sua posse. João Goulart popularmente conhecido como Jango, havia sido ministro do Trabalho no último mandato do Getúlio Vargas era defensor da política varguista. Sua posse era vista pelos militares como uma brecha para a infiltração de ideias socialistas, uma vez que Jango era considerado um politico de esquerda. No momento em que Jânio Quadros renunciou, João Goulart estava em uma visita oficial a China e, por isso, a presidência foi inteiramente assumida pelo presidente da Câmera dos Deputados, Ranieri Mazzilli. Jango foi proibido de voltar ao Brasil por questão de segurança nacional, porém governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, conseguiu o apoio de chefes militares e de grupos civis a defesa da posse do vice-presidente. Essa mobilização ficou conhecida como a campanha da legalidade. Em um acordo estabelecido entre as forças que tentavam impedir sua posse e as forças legalistas, Jango aceitou assumir o poder em um sistema parlamentarista de governo, afim de evitar um golpe civil, assumiu o poder em setembro de 19961. Foi marcado então, um plebiscito, para o ano de 1965, quando o povo decidiria se manutenção do parlamentarismo ou a volta do presidencialismo.
As tensões Sociais
Logo após a posse de Jango, a situação do país era tumultuada. A inflação aumentava a cada mês e havia um Déficit na balança comercia. Além disso, movimentos sócias se organizavam, aumentando sua atuação e acirrando as tensões políticas. No campo, movimentos de esquerda, como as Ligas Camponesas, liderados pelo Francisco Julião, lutavam pelos direitos dos trabalhadores rurais e pela reforma agrária. Ao mesmo tempo, o movimento estudantil se radicalizava e participava ativamente das questões politicas do país. Trabalhadores organizados em sindicatos, como a Confederação Geras dos Trabalhadores (CGT), aumenta sua atuação