EDUCAÇÃO NO BRASIL, MUDANÇAS E CONTINUIDADES1 Antonio Sergio Moreira2 Embora o tema elucidado seja de uma complexidade profunda, passaremos a destacar fases e periodizações de nuanças e concretudes alusivas à educação brasileira, buscando uma visão de totalidade, acredita-se que para chegarmos a uma compreensão do fundamento social (organização educacional brasileira), necessitaremos de uma abordagem do contexto social, do qual se faz numa relação indissolúvel. Pensou-se em tratar esse assunto, partindo do ponto da historicidade da educação brasileira no processo e implantação da organização escolar; Nessa abordagem teremos uma visão do contexto educacional escolar, onde perceberemos (e comentaremos), as continuidades e mudanças implícitas no processo educacional. Sendo assim, partimos de uma visão, embora parcial da sociedade brasileira, importante para a compreensão do inicio do estudo de sua organização escolar. 1. O período colonial e a influência dos jesuítas no processo de escolarização. A presença de jesuítas fora marcada logo no inicio da colonização, padres e dois irmãos jesuítas, comandados pelo o governador geral Tome de Sousa (1549), chegam a colônia com uma missão especifica (tanto ligado a coroa como a igreja). Desses jesuítas, segundo Mattos, “se espera uma intensiva catequização do elemento indígena aos conceitos, valores e aculturação à civilização européia cristã” (1958:31). Compreende-se pelas elucidações que organização escolar na colônia está rigorosamente ligada á política de colonização de Portugal. Política colonial que se apresenta como um tipo particular de relações políticas, com dois elementos : um centro de decisão (metrópole) e outros de subordinado (colônia), relações através das quais se estabelece o quadro institucional para que a vida econômica da metrópoles seja dinamizada pelas atividades coloniais (NOVAIS, 1975:7).
Diante dessas questões, como resultado das considerações feitas anteriormente, que a finalidade dos