Jeans, uma bandeira velha, azul e desbotada
“A Terra é azul”, já dizia o astronauta russo Yuri Gagarin, quando deu sua primeira volta ao mundo. Porém o que ele não sabia é que sua frase se transformaria numa conotação, usada em uma época quando ninguém tem mais palavras para explicar o fenômeno azul que começou a tomar conta da Terra lá para os anos de 1950 e 1960, o fenômeno do blue jeans.
Tudo começou graças a uma plantinha milenar proveniente do indigueiro usada pelos chineses a mais de cinco mil anos. É considerado uma das tinturas mais antigas e naturais da história e provavelmente uma das mais importantes, o índigo.
Através de um processo de extração de seu sumo obtêm-se o famoso corante que deu o nome ao centenário índigo blue.
A importância desta plantinha é tão grande, que Mão-Tes-Tung ao perceber o crescimento acelerado de seu consumo e o início de uma crise, proíbe todas as exportações de índigo da China. Porém nada conseguiu inibir a comercialização deste azul.
Nime, é uma cidade francesa em que desde o final da idade média era produtora dos setores mais importantes da atividade têxtil: a lã e a seda. Caracterizada por particularidades como, a de utilizar o desperdício de outras fazendas para produção de uma nova. A capacidade de adaptar-se às disponibilidades existentes, utilização de matérias primas mais econômicas, além de conseguir, por mais difícil e sacrificante que fosse, atender a enorme demanda do mercado, durante mais de três séculos transformou a indústria têxtil no principal recurso e meio de sobrevivência de seus habitantes.
Foi nessa pequena cidade francesa que surgiu o denim, um tecido de algodão rústico tingido com índigo, muito disputado pelos comerciantes da época, cuja a sua cor tinha o azul daquela plantinha chinesa, e que com sucessivas lavagens ia se desbotando e ficando com aspecto de gasto.
Conta a história, que para servir os mercados estrangeiros, foram