Jean baptiste say
Karl Marx contestou o uso de nome de Say para a lei, afirmando que a concepção original teria sido de James Mill quando aquele afirmara haver um "equilíbrio metafísico entre vendedores e compradores". Adam Smith também usara a ideia básica antes.Schumpeter discordou alegando que o escrito de Mill fora publicado em 1808 enquanto a primeira edição do livro de Say, Traité d'Economique Politique, saiu em 1803. Mas ressalve-se que o autor francês aprofundou o conceito apenas na segunda edição (de 1814) [1].
Karl Marx também apontou para os problemas da Lei de Say, argumentando que a forma mercadoria impede a validade da lei. Embora sua contestação não seja exatamente a mesma de Keynes, ambos constituem um avanço em teoria econômica devido à rejeição do modelo de Say e à condizente construção da teoria da crise capitalista. [8]
A Lei de Say foi um dos pilares da economia ortodoxa, até a Grande Depressão de 1929, quando passou a ser contestada. O economista inglês Jonh M. Keynes foi um dos maiores críticos da Lei de Say, levando a uma reformulação da Lei de Say, que deu origem à Lei de Walras. Sua teoria[6] se baseava na hipótese de que o aumento da poupança poderia reduzir a taxa de lucro, ocasionando entesouramento, que segundo Keynes, reduziria a demanda efetiva.[7]
Os economistas austríacos (como Ludwig von Mises[9]), afirmam que Keynes interpretou mal o argumento de Say[10]. Segundo estes, a teoria de Say, quando este afirma que "Quando um produto é criado, ele, desde aquele instante, por meio de seu próprio valor, proporciona acesso a outros mercados e a outros produtos"[11], se baseia simplesmente no princípio de que "Quando um vendedor produz e vende um produto, ele instantaneamente se torna um potencial comprador, pois agora possui renda para gastar. Para poder comprar alguma coisa, um indivíduo precisa antes vender. Em outras palavras, a produção é o que gera o consumo, e um aumento na produção é o que permite que haja um maior gasto com