Jango
Enviado a Porto Alegre depois de concluir o ensino médio, Jango cursou a Faculdade de Direito com a proposta de satisfazer os desejos do pai, que queria ver seu primogênito com um diploma de ensino superior. Após a renúncia de Getúlio Vargas, amigo íntimo de seu pai (Vicente Goulart), em outubro de 1945, Jango escolheu a carreira política.
O primeiro convite que ele recebeu para filiar-se a um partido político foi o de Protásio Vargas, responsável por organizar o Partido Social Democrático (PSD) em São Borja. Protásio percebeu que Goulart poderia ter sucesso na carreira política, mas o jovem recusou o convite por intervenção de Getúlio. Alguns meses depois, entretanto, Jango aceita o convite de Getúlio para entrar no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Ele foi o primeiro presidente do PTB local e, mais tarde, tornaria-se presidente do PTB estadual e nacional.
Em 1947, Getúlio convenceu-o a concorrer a um assento na Assembleia Legislativa. Ele foi eleito com 4.150 votos, tornando-se o quinto candidato mais votado, a frente de seu cunhado Leonel Brizola, outra estrela em ascensão do PTB. Não era um membro ativo da instituição, mas lutou em defesa de um subsídio para dar de comer aos mais pobres. Ele virou confidente e protegido de Vargas,
Plano econômico
Jango adotou uma política econômica conservadora. Procurou diminuir a participação de empresas estrangeiras em setores estratégicos da economia, instituiu um limite para a remessa de lucros das empresas internacionais e seguiu as orientações do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Contudo, o Presidente sempre foi maleável com relação às reivindicações sociais.