Jacob Levy Moreno
O principal foco dessa abordagem está na espontaneidade, que é a capacidade do ser humano de ser natural, criativo e espontâneo. Todo ser humano já nasce com essa naturalidade, e é desenvolvida principalmente na infância. Com o passar do tempo, a cultura e tradições juntamente com suas leis morais, acabam por reprimindo essa espontaneidade do sujeito.
O psicodrama entra em ação como uma tentativa de resgatar o momento em que esse fator foi estagnado, não em busca de sua causa, mas quando se fixou um papel e se perdeu a espontaneidade. Através da encenação vêm à tona vários conteúdos inconscientes que não estavam no script, coisas que fazem parte da própria história do sujeito, o que possibilita recuperar o momento de criação, verificando onde ocorreu a cristalização.
Moreno fala do inconsciente como sendo uma dimensão da vida relacional. Através da convivência significativa e estável entre duas ou mais pessoas, é que se desenvolve conteúdos psíquicos e formas de subjetividade para assim constituir os co-concientes e co-inconscientes.
O co-concientes e co-inconscientes são transmitidos através das relações empáticas, sendo o primeiro fator constituído de tudo o que faz parte da história do sujeito e suas identificações. E o segundo se forma através de vivências ou conteúdos que o sujeito um dia teve acesso, porém não se recorda mais. Ou até mesmo de experiências vividas por pessoas que fazem parte de seus vínculos significativos. Esses dois estados não podem ser pensados como algo de propriedade individual, é sempre de ordem comum e compartilhado entre duas ou mais pessoas, e que só podem ser representados com esforços compatíveis e combinados.
São fenômenos extremamente importantes para a constituição do próprio Eu. A formação desse Eu é dependente