Israel x Palestina
Centro de Ciências Humanas e Letras – CCHL
Departamento de Geografia e História – DGH
Disciplina: História Contemporânea II
Professor Dr. Ricardo Arraes
Aluno: Weverton Rodrigues de Macedo
Produção de Texto
Teresina, 14 de agosto de 2014.
Na primavera de 2002, o governo de Israel iniciou, na Cisjordânia ocupada, a construção de um longo muro de mais de 650 quilômetros: uma gigantesca obra a ser concluída em 2007. Na maior parte do percurso, trata-se, na verdade, de uma barreira. Não muito alta, uma tela de arame de 3 metros, mas muito larga, de 45 a 100 metros — espaço ocupado, dos dois lados, por arame farpado e um fosso para impedir a passagem de veículos. Tudo sob a vigilância constante de câmeras e outros sistemas eletrônicos de detecção.
Para os israelenses, a obra é uma “barreira de segurança”, que se destina a impedir a entrada de terroristas palestinos. Para os palestinos, trata-se de um “muro de separação”, que divide casas, plantações e famílias, ou ainda um “muro de anexação”: uma nova fronteira imposta pela força a fim de incorporar territórios palestinos, de modo que colônias localizadas ali se tornem aldeias de Israel, em uma irrecuperável expansão do território israelense, sem qualquer legitimidade internacional.
O jornalista francês René Backmann, que dedicou 25 anos à cobertura de assuntos relacionados ao Oriente Médio, realizou um amplo trabalho de pesquisa histórica, documental, cartográfica e jornalística sobre a estrutura e o funcionamento complexos das sociedades palestina e israelense. A partir daí, ele analisa a longa história de tensões entre Israel e Palestina que levaram à construção do muro e revela seu impacto na vida dos cidadãos comuns — como a mulher que gasta horas para chegar à escola que fundou, atravessando barreiras e pontos de controle, num trajeto que levava 15 minutos; negócios à beira da falência