isotopos
“Raízes do Brasil” – Sergio Buarque de Hollanda
Setembro/2013
Casa-Grande & Senzala
Importância: Através dele, Freyre destaca a importância da casa grande na formação sociocultural brasileira, bem como a da senzala que complementaria a primeira. Além disso, casa grande e senzala dá muita ênfase a questão da formação da sociedade brasileira, tendo em vista a miscigenação que ocorreu principalmente entre brancos, negros e indígenas.
Na opinião de Freyre, a própria estrutura arquitetônica da casa grande expressaria o modo de organização social e política que se instaurou no Brasil, qual seja o do patriarcal ismo. Isto posto que tal estrutura seria capaz de incorporar os vários elementos que comporiam a propriedade fundiária do Brasil colônia. Do mesmo modo, o patriarca da terra era tido como o dono de tudo que nela se encontrasse como escravos, parentes, filhos, esposa, etc. Este domínio se estabelece de maneira a incorporar tais elementos e não de excluí-los. Tal padrão se expressa na casa grande que é capaz de abrigar desde escravos até os filhos do patriarca e suas respectivas famílias.
Criticas: Segundo Clóvis Moura, "Gilberto Freyre caracterizou a escravidão no Brasil como composta de senhores bons e escravos submissos". O mito do bom senhor de Freyre seria uma tentativa no sentido de interpretar as contradições do escravismo como simples episódio sem importância, e que não teria o poder de desfazer a harmonia entre exploradores e explorados durante aquele período.
Relata Martiniano J. Silva que a miscigenação é um velhíssimo processo de enriquecimento racial e cultural dos povos, capaz de gerar civilizações, e que ocorre de forma livre e democrática. Afirma que historicamente a miscigenação de raças no Brasil “nunca foi tratada e nunca existiu como um processo livre, espontâneo, e, portanto, natural, de união entre dois povos.” Ao contrário, como reafirma Silva, a dignidade da