Isomeria
Os gregos jamais conceberam um Estado de outro maneira que não fosse uma cidade. A Grécia Antiga, que nunca se unificou, era o conjunto de cidades autônomas.
Eram numerosas as cidade, e cada uma ciosa da sua independência, orgulhosa das suas instituições e dos seus templos, dos seus artistas e dos seus atletas, de tudo o que a distinguia das outras. Para um grego, o patriotismo era o amor exclusivo da sua própria cidade.
As cidades entendiam-se mal, sobretudo quando eram vizinhas: Atenas era inimiga de Egina e Mégara, Plateias resistia a Tebas, Corinto detestava Argos, que , por seu turno, odiava Esparta.
A despeito de um certo número de semelhanças que eram próprias de uma civilização comum, cada cidade tinha a sua fisionomia própria, as suas instituições particulares. É o que se pode concluir do estudo sucessivo de Esparta e Atenas.
Esparta
Esparta era uma cidade de soldados: os seus cidadãos tinham como única profissão a das armas e as crianças eram educadas militarmente. O seu poeta Tirteu apenas cantou a guerra.
A cidade (também chamada Lacedemônia) era a mais importante de quantas os Dórios haviam fundado. Estava situada na estreita planície do Eurotas, a Lacônia, que era dominada pelas encostas escarpadas do Parnon e do Taígeto. Homero chamava-lhe "a funda Lacedemônia".
A oriente do Parnon, os Espartanos disputavam vitoriosamente a Argos, sua eterna rival, o distrito costeiro que vai do cabo Maleia ao golfo argólico. A oeste do Taígeto, ocuparam a Messênia, no fim do