Isomeria Ótica
Química – Professora Xxxxx Xxxxxxxx
03/12/2012
Histórico da Talidomida
No pós guerra, em 1953, a produção de antibióticos se tornou um negócio lucrativo. Nesse contexto, a Chemie Grünenthal, uma pequena companhia farmacêutica alemã, tentava encontrar técnicas simples para obter lucros a partir da produção de antibióticos. Foi quando foi descoberta a Talidomida, por Wilhelm Kunz, que não possuía propriedades antibióticas, mas sim sedativas, hipnóticas e anti-eméticas. Por possuir tais características e baixa toxicidade, passou a ser amplamente comercializada e utilizada em toda a Europa, a partir de 1956, com o nome de Contergan®. Dadas as suas características farmacológicas, foi utilizado no combate às insônias e ansiedade, e também no alívio dos enjoos e tonturas da gravidez. A sua ação terapêutica permitiu que rapidamente fosse um êxito no mercado farmacêutico, atingindo grande popularidade particularmente na Europa e no Canadá, mas também na Ásia, Austrália, América e África.
O fato de ser um medicamento não sujeito à receita médica contribuiu para seu êxito e, também, para suas consequências desastrosas. Foi no início da década de 60 que começaram a aparecer evidências más formações fetais, desde ausência ou encurtamento dos membros até a má formação de órgãos internos, associados ao uso crônico da Talidomida.
Diante de tais evidências, a Talidomida foi retirada do mercado em 1961, quando cerca de 10.000 a 15.000 crianças apresentaram as consequências do uso materno durante a gestação – entre as quais, apenas cerca de 8.000 conseguiram ultrapassar o primeiro ano de vida. Em alguns países, como o Brasil, a Talidomida continuou sendo utilizada, devido principalmente à falta de informação e ao hábito da automedicação. Nos EUA, por outro lado, a FDA (Food and Drug Administration) nunca chegou a autorizar a sua introdução no mercado, devido à ocorrência de alguns efeitos neurológicos raros.
Em 1965 foi