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INTRODUÇÃO

O planeta Terra é um organismo vivo e em constante mudança. O ciclo de destruição e regeneração é contínuo e podemos observar isso nos incêndios florestais do Parque de Yellowstone nos Estados Unidos, por exemplo. Lá a força do fogo, contribui com a disseminação de sementes de muitas espécies arbóreas, como os pinheiros, que necessitam do calor para eclodirem. Após o incêndio e com o solo mais fértil por causa das cinzas a vida volta a florescer (NPS40). Mas tudo isso é parte do ciclo natural da natureza. O fato é que as ações antrópicas, relacionadas ao modo de vida contemporâneo não está permitindo que essa regeneração natural ocorra.
Em 2008, o Fundo de População das Nações Unidas informou que pela primeira vez na história, mais da metade da população mundial reside em centros urbanos, cerca de 3,3 bilhões de pessoas e que esse número, segundo previsões, deverá alcançar a marca dos 5 bilhões até 2030 (UNFPA, 200751). Esse contínuo crescimento populacional estimulará o mercado industrial, e mais recursos naturais, como água, energia, alimentos e minerais serão consumidos, e por conseqüência mais resíduos e emissões serão gerados, colaborando com o quadro de degradação ambiental e o aquecimento do planeta (Greenpeace, 200625).
Alguns eventos climáticos recentes já foram relacionados ao aquecimento global, como as ondas de calor da Europa em 2003; a reincidência de furacões no Atlântico Norte com intensidade em escala SS 4, como o Katrina em 2005; o aparecimento do primeiro furacão extra-tropical (Catarina) no Atlântico Sul em 2004; e a seca na Amazônia brasileira em 2005 (Marengo, 200635).
O IPCC - Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas concluiu em seu último estudo sobre as Mudanças Climáticas (Climate Change 2007), que apesar do efeito estufa ser um fenômeno natural do planeta, ele acontecia em escala de tempo passível de adaptação dos seres vivos, e que é muito provável que em decorrência das atividades antrópicas como