Islã e os Direitos Humanos | Argélia e Marrocos pós Primavera Árabe
Prof. Rafael Zelesco Barretto – 2013.2 – Turma da tarde (16h40min – 18h20min)
Tema: Direitos Humanos nos Estados ulçumanos pós-Primavera Árabe – Argélia e
Marrocos
Alunas: Alzira Satiko Okuji dos Reis e Beatriz Quiroga Chometon Pedro
Introdução
Este presente trabalho visa traçar um estudo sobre os Direitos Humanos nos estados mulçumanos após a Primavera Árabe, mais especificamente na Argélia e no
Marrocos, e para tanto fazendo uma comparação com o contexto histórico anterior.
Sabe-se que esse fenômeno ocorreu nos países do Oriente Médio, com a iniciativa da massa popular não satisfeita com o regime político autoritário e despótico, e com as condições econômicas dos seus países. No entanto, intencionamos demonstrar que a Primavera Árabe não foi igual para todos, isto é, esse fenômeno histórico não foi aderido por todos em unanimidade e que aqueles que participaram não tiveram os mesmos objetivos a serem conquistados, e que, portanto, as efetivas consequências foram diferentes.
Contextualização
O Oriente Médio é conhecido por várias características peculiares de sua sociedade, como a diversidade religiosa (esta consiste numa das principais causas de conflitos nessa região), e a vigência de estados autoritários. E algumas vezes, o Estado confunde-se com o segmento religioso dominante, fato que gera grande repressão e perseguição religiosa. Posto isto, é importante ressaltar que essa intolerância religiosa, característico dos segmentos mais radicais dessa sociedade, contribui para a construção de uma imagem radical do Islã.
Todavia, é cada vez mais notável que com a derrubada de alguns líderes autoritários a perseguição religiosa tornou-se mais intensa, principalmente aos cristãos coptas. Portanto, muito pelo contrário do que parece, a questão religiosa sofreu um processo de “Inverno Árabe”, uma vez que o que se prega não é a liberdade de escolha e crença, mas sim a perseguição