primavera arabe
Português
Volume 1, Número 2, Outubro de 2012
Dossiê Primavera Árabe
As Linguagens das Revoluções Árabes
Abdou Filali-Ansary
Por que não há Democracias Árabes?
Larry Diamond
A Transição na Tunísia e a Mútua Tolerância
Alfred Stepan
Dossiê Sudeste Asiático
Reforma Econômica e Autoritarismo no Vietnã, Laos e Camboja
Martin Gainsborough
Estados Fortes e Democratização na Malásia e Singapura
Dan Slater
CONSELHO EDITORIAL
Bernardo Sorj
Sergio Fausto
Diego Abente Brun
Mirian Kornblith
CONSELHO ASSESSOR
Fernando Henrique Cardoso
Antonio Mitre
Larry Diamond
Marc F. Plattner
Simon Schwartzman
TRADUÇÃO
Elis Lavanholi
REVISÃO TÉCNICA
Rodrigo Brandão
Apresentação
Este segundo número do Journal of Democracy em Português traz dois conjuntos de artigos. O primeiro se refere às visíveis mudanças políticas no convulsionado mundo árabe. O segundo, às praticamente invisíveis perspectivas de mudança política em sólidos regimes não democráticos do Sudeste Asiático.
O interesse pela chamada “Primavera Árabe” quase dispensa justificação. Até dois anos atrás, quando protestos pró-democracia tomaram as praças de Túnis e do Cairo, ninguém acreditava que as longevas autocracias da Tunísia e do Egito estivessem perto do fim.
Hoje a pergunta é se serão realmente democráticos os regimes que se estão erguendo naqueles dois países, bem como na Líbia. E se as mudanças que se iniciaram no Norte da África poderão alastrar-se pelo Oriente Médio.
Essas questões são abordadas, respectivamente, por Alfred Stepan, em “A Transição na Tunísia e a Mútua Tolerância”, e por Larry
Diamond, em “Por que não há Democracias Árabes?”. Stepan é professor da Universidade de Columbia, em Nova York, e se destacou no estudo comparativo de transições para a democracia em países do Ocidente, entre eles o Brasil. Faz dez anos, suas atenções se voltaram para o mundo árabe. Desde então, Stepan sustenta o argumento de que a infrequência de