Islamismo
A Arábia situa-se entre a Ásia e a África, sendo banhada pelo Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho, Oceano Índico e Golfo Pérsico. Por apresentar grandes áreas desérticas, os árabes eram seminômades, tendo sua base econômica na pecuária. O povo árabe era de origem semítica e dividia-se entre: árabes beduínos (povos seminômades) e árabes urbanos (povos sedentários). Os primeiros praticavam a pecuária, os segundos praticavam o comércio. A Arábia não era unificada, mas o território apresentava elementos culturais comuns, como a língua árabe e as crenças religiosas. Os árabes eram politeístas. Construíram na cidade de Meca um santuário religioso, a Caaba, com o intuito de centralizarem as principais divindades árabes. Dessa forma, transformaram Meca em centro comercial e ponto encontro entre as diversas regiões. A religião e as guerras permitiram aos árabes consolidarem uma das mais importantes civilizações. Acredita-se que Maomé nasceu no ano 570. Sua família pertencia a um ramo humilde da tribo coraixita. Maomé era menino ainda quando ficou órfão e foi morar com o avô no deserto, entre os beduínos. Aos 15 anos voltou para Meca e, com o apoio de seu tio Abu Taleb, começou a trabalhar como condutor de caravanas. Como caravaneiro viajava para lugares distantes, como Síria e Palestina, onde entrou em contato com duas importantes religiões monoteístas: o cristianismo e o judaísmo. Aos 25 anos, Maomé casou-se com Cadija, uma viúva rica. Ao mesmo tempo, foi se interessando pela vida religiosa e passou a fazer retiros espirituais nas montanhas da região. Conta- se que num desses dias de meditação ele teria ouvido um anjo – o arcanjo Gabriel – chamando-o para ser mensageiro de Deus. Maomé passou, então, a transmitir as mensagens que acreditava ter recebido do anjo. A principal delas era que aqueles que se submetessem à vontade de Deus (Alá) podiam confiar na sua misericórdia. Aos poucos, Maomé foi reunindo à sua volta um grupo de crentes, os chamados