IRpA
A insuficiência respiratória (IR) ocorre quando os pulmões falham em oxigenar o sangue arterial de maneira adequada e/ou falham em impedir a retenção de CO2. Não há uma definição absoluta dos níveis de PO2 e PCO2 arteriais para insuficiência respiratória. Números citados para uma PO2 inferior a 60 mmHg ou uma PCO2 superior a 50 mmHg. Na pratica, o significado desses valores depende muito da história do paciente.
Na IR aguda, a rápida deterioração da função respiratória leva ao surgimento de manifestações clínicas mais intensas, e as alterações gasométricas do equilíbrio ácido-base, alcalose ou acidose respiratória, são comuns. Vale salientar que quadros de IR aguda podem instalar-se tanto em indivíduos previamente sadios como, também, sobrepor-se a IR crônica, em pacientes com processos de longa data. Nessa última situação, o uso do termo IR crônica, agudizada é aceitável.
A insuficiência respiratória pode ser classificada, quanto à fisiopatologia, em Insuficiência respiratória hipoxêmica (tipo I) e Insuficiência respiratória hipercápnica (tipo II).
Hipoxemia na Insuficiência Respiratória
Causas: Qualquer um dos quatro mecanismos de hipoxemia (hipoventilação, redução da capacidade de difusão, shunt e desequilíbrio entre ventilação-perfusão) pode contribuir para a hipoxemia grave da insuficiência respiratória. Contudo, a causa mais importante é o desequilíbrio entre ventilação-perfusão (incluindo o fluxo sanguíneo através do pulmão não ventilado). Esse mecanismo é o maior responsável pela hipoxemia encontrada na insuficiência respiratória causada pelas doenças obstrutivas, pelas doenças restritivas e pela SDRA.
Detecção: A hipoxemia grave causa cianose, sinais cardiovasculares, como taquicardia, e efeito sobre o sistema nervoso central, como confusão mental. Contudo, uma discussão sobre a detecção de hipoxemia por meio desses sinais é basicamente acadêmica, porque a medição da PO2 arterial é essencial para determinar o