Iraque
Primeiro-ministro anuncia que tropas iraquianas e milícias retomaram cidade do
"Estado Islâmico", mas EUA afirmam que parte de Tikrit permanece sob controle dos jihadistas. Soldados iraquianos e milicianos xiitas exibem bandeira do EI por eles retirada de Tikrit
O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, afirmou nesta terça-feira (31/03) que tropas iraquianas e milícias xiitas recuperaram o controle sobre Tikrit, cidade no norte do país que estava nas mãos do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI).
Em sua conta no Twitter, Abadi anunciou a libertação de Tikrit e parabenizou as forças de segurança iraquiana e os "voluntários", como ele se referiu às milícias xiitas. Mas o porta-voz do premiê, Rafid Jaboori, disse pouco antes que as tropas haviam alcançado o centro da cidade e ainda lutavam para assegurar o controle total.
A coligação internacional que combate o EI no Iraque afirmou que os jihadistas ainda controlam diversos setores de Tikrit. "Partes da cidade permanecem sob controle [do EI] e ainda há trabalho a fazer", disse à agência de notícias AFP o major americano Kim
Michelsen.
Segundo fontes militares, após combates intensos, o Exército iraquiano e voluntários conquistaram vários prédios do governo e o palácio presidencial. Dezenas de extremistas teriam sido mortos, e também houve baixas do lado iraquiano.
O EI ocupou Tikrit, terra natal do ex-ditador Saddam Hussein, em meados do ano passado. A cidade, de maioria sunita, fica 170 quilômetros ao norte de Bagdá, numa importante rota de ligação entre a capital e Mossul, bastião do EI. A batalha por Tikrit é vista como um teste para a reconquista de Mossul, a segunda maior cidade do país.
A ofensiva em Tikrit começou em 2 de março e conta com 30 mil homens. Desde o início, militares iranianos comandam as milícias xiitas iraquianas, que desempenham um papel importante no campo de batalha. Os milicianos compõem mais de dois terços dos homens que combatem o EI na