Iracema - josé de alencar
JOSÉ DE ALENCAR
JOSÉ DE ALENCAR
Mecejana (CE) 1829; RJ 1877
-Em 1845, voltou-me o prurido de escritor; mas esse ano foi consagrado à mania, que então grassava, de baironizar. Todo estudante de alguma imaginação queria ser um Byron; e tinha por destino inexorável copiar ou traduzir o bardo inglês. (...).
São Francisco - 1862
-1847 volta ao Ceará: cenário de Iracema. “(...) Acabava de passar dois meses em minha terra natal. Tinha-me repassado das primeiras e tão fagueiras recordações da infância. (...) Desenhavam-se a cada instante, na tela das reminiscências, as paisagens de meu pátrio Ceará. (...).” (...) Uma coisa vaga e indecisa, que devia parecer-se com o primeiro broto d’O Guarani ou de Iracema. (...).
Em 1856, travou uma polêmica literária e política. Gonçalves de Magalhães publicou A confederação dos Tamoios, em que faz elogios ao indígena. D. Pedro pagou a edição do poema. "As virgens índias do seu livro podem sair dele e figurar em um romance árabe, chinês ou europeu (...) o senhor Magalhães não só não conseguiu pintar a nossa terra, como não soube aproveitar todas as belezas que lhe ofereciam os costumes e tradições indígenas...".
“Digo-o por mim: se algum dia fosse poeta, e quisesse cantar a minha terra, se quisesse compor um poema nacional, pediria a Deus que me fizesse esquecer por um momento as minhas idéias de homem civilizado (...) Escreveríamos um poema, mas não um poema épico; um verdadeiro poema nacional, onde tudo fosse novo, desde o pensamento até a forma, desde a imagem até o verso. A forma com que Homero cantou os gregos não serve para cantar os índios (...)”
1857: O Guarani Discordou da influência de Cooper em O Guarani: “Disse alguém, que O Guarani é um romance ao gosto de Cooper. Se assim fosse, haveria coincidência, e nunca imitação; mas não é. Meus escritos se parecem tanto com os do ilustre romancista americano, como as várzeas do ceará com as margens do Delaware.”
Alencar