"Iracema", José de Alencar

Análise
Escrito por José de Alencar, o romance “Iracema” da Coleção Prestígio e editora Ediouro, contém 65 páginas, divididas em 33 capítulos, os quais não são nomeados. A obra retrata o amor proibido de Iracema a virgem de Tupã e Martim o estrangeiro branco. Iracema foi escrita por José de Alencar, lançado em 1865.
O narrador se encontra na terceira pessoa do onisciente e onipresente, ou seja, ele conhece todos os personagens, seus sentimentos, pensamentos e conhece todo o enredo, seus antecedentes, consequências, futuro, etc., como pode ser visto no Cap. 6, Pag. 26, linha 34: “Martim sentiu perpassar nos olhos o sono da morte; porém logo a luz inundou-lhe os seios d’alma; a força exuberou seu coração...”. Há também o discurso direto nos diversos diálogos da obra, Cap.6, Pag. 26, linha 14: “-Vem, disse a virgem!”. A Escola Literária da qual a obra faz parte é o Romantismo, que tem como características o nacionalismo, pessimismo, liberdade de criação e de expressão, entre outras. O tempo é cronológico, ou seja, segue uma ordem de acontecimentos, e é marcado por fenômenos naturais, estações do ano e lua. Há um tempo histórico marcado pelo descobrimento do Brasil, aproximadamente no século XVII. O espaço narrativo é possivelmente no Ceará, devido o uso de adjetivos que descrevem o estado e a valorização da cor brasileira. O contexto histórico se encontra pouco depois das grandes navegações e descoberta das terras brasileiras, onde ocorrem as missões jesuítas, aproximadamente no século XVII, quando Portugal se encontrava sob domínio espanhol. Os principais personagens da obra são: Iracema, a índia virgem dos lábios de mel; Martim, o português que estava em expedição pelo Brasil; Araquém, pai de Iracema; Irapuã, chefe dos tabajaras, Caubi, irmão de Iracema; Moacir, o filho da dor; Poti, o guerreiro; Jacaúna, chefe dos patiguaras.
Na obra foi possível encontrar variadas figuras de linguagem, como:
Metáfora, que consiste na comparação, onde um termo substitui o