iPIRANGA
Entre tantas outras, prevalece "água vermelha" - também "água barrenta" -, interpretação dada pelos primeiros habitantes brancos do Planalto, que provavelmente a receberam diretamente dos índios Guaianazes moradores do local, quase cinco séculos atrás.
Os primeiros registros que se têm da região do Ipiranga remontam a 1510, época em que João Ramalho habitava, juntamente com os índios, a área do Planalto Piratininga, compreendida entre a margem direita do Ribeirão Guapituva até a aldeia do cacique Tibiriçá.
Com as várias doações de terras que se sucederam, o local conhecido por Ipiranga ganhou relativa ocupação branca, o que paulatinamente causou a transferência maciça dos índios Guaianazes para outras paragens - não se adaptavam aos costumes dos novos ocupantes.
Até o final do século XVI, a terra de Piratininga já contava com uma comunidade de aproximadamente 1500 pessoas, que se estendiam por toda a colina ribeirinha do Tamanduateí. A localização privilegiada - no caminho do mar - favoreceu a concentração e expansão de sítios e fazendas, com conseqüente desenvolvimento do comércio - uma das características da região até hoje.
O principal fato histórico ocorrido no bairro do Ipiranga é a Proclamação da Independência do Brasil, em 7 de Setembro de 1822, por Dom Pedro I, às margens do Ribeirão Ipiranga - fato este citado na primeira estrofe do Hino Nacional brasileiro e que leva o nome da região a toda a nação.
O Museu e o Monumento do Ipiranga, inaugurados respectivamente em 1895 e 1922, têm suas histórias iniciadas logo após ao feito histórico de Dom Pedro I. Eles representam, juntamente com o Parque da Independência, o marco histórico da emancipação política do Brasil, para orgulho deste