Saberes e Competência na formação docente (diferenciação)
A princípio, seria muito difícil estabelecer seguramente uma diferenciação entre saberes, competências e conhecimentos, destarte, será comum no decorrer desta breve discussão, encontrarmos definições semelhantes para tais ideias. Todavia, tentarei propor a diferença, grosso modo, entre competências, que estaria ligada á política neoliberal e a uma perspectiva que acredita que os professores precisam apenas saber dar aulas, prepará-las com um método eficaz ficando devendo, por exemplo, no campo teórico... ensinar exige técnica e método. E saberes que conforme conceitua Paulo Freire remete ao ensinar que envolve risco, entrega, envolve afetividade, conhecimento, liberdade, valorização da carreira e formação contínua.
Teríamos várias definições para competência, então, decido defini-la aqui como sendo a ação eficaz em determinada ocasião, baseada em conhecimentos, todavia, sem limitar-se a eles.
Philippe Perrenoud define competência como aquisições e aprendizados construídos e que para construí-las, devemos aprender a diferenciá-las para então obter os conhecimentos pertinentes. Ele defende que o educador deve possuir uma série de competências trabalhadas desde o início da sua formação, porém, o mais importante para Perrenoud é a aproximação do professor com o meio para que as absorções de novas competências sejam postas em prática.
Nesta nova perspectiva educacional, o aluno passa a estar entre o professor e o conhecimento, sendo fundamental para que o processo funcione e seja aprimorado com o passar do tempo. E não é apenas a interação entre o aluno e o professor que começa a mudar neste cenário, mas principalmente a interação entre os próprios estudantes. Perrenoud sugere uma questão que suplanta o debate sobre o uso ou não de tecnologias, ele propõe uma modificação total da sala de aula, dirigido especialmente à convivência firmada na comunidade escolar. O pensamento de que a aprendizagem