IPF
O sistema silvipastoril se refere à técnica de produção na qual se integram árvores, forrageiras e animais que realizam o pastejo dentro desse consórcio (Balbino et al., 2011 citado por Behling et al. 2013). Quando há integração de forrageiras+ animais+ árvores, o foco é a oportunidade de oferecer “novos produtos e serviços” (feno, carne, leite, madeira, etc.) na mesma área onde antes eram produzidos isoladamente, apenas produtos de origem animal ou forrageiras. (BEHLING et al., 2013).
Especificamente para o produto animal, a iPF tem efeito positivo sobre o desempenho produtivo e reprodutivo; o qual é dado pela condição mais saudável do ambiente promovido aos animais, e também pelos ganhos relativos ao bem-estar e conforto providos aos animais. Esses efeitos são resultado da forte redução na temperatura e na radiação solar que ocorre sob as arvores; o que reduz a intensidade do metabolismo e consequentemente, a quantidade de energia requerida para manter a temperatura corporal (homeotermia). Altas temperaturas, como as registradas em Mato Grosso, podem causar redução da libido e da viabilidade espermática, assim como alterar a ovulação, o estro, a concepção e a sobrevivência do embrião (BEHLING et al., 2013). Como citado por Couto et al (2011) a interação das arvores e pastagens trás um bem estar muito grande aos animais como sombra e eficiência para conferir o conforto térmico ao gado. A arborização das pastagens é sempre recomendada, pois, além de ser uma estratégia de menor complexidade, que agrega valor (como poupança verde), pode também ser usada para a recuperação das pastagens pelo pecuarista (BEHLING et al., 2013).
Em Mato Grosso, a iPF é indicada para áreas inaptas para lavouras de grãos (soja e milho), com impedimentos devidos à topografia e/ou tipo de solo; e também para regiões onde a logística seja impeditiva para a agricultura, ou seja, regiões tradicionalmente utilizadas para a pecuária