Inércia Brasileira
O PIB nominal brasileiro é de 2,39 trilhões de dólares (4,14 trilhões de reais), figuramos como a sétima maior economia do mundo e a segunda grande potência do continente americano, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo o FMI. No entanto, o cenário de aparente prosperidade é refutado pelos dados recentes da economia deste país.
A inflação, em queda de 2002 a 2006, volta a subir. O governo estipulou uma meta oficial de 4,5% para o IPCA (embora a presidente tenha reiterado para 6,5%), e fechamos 2013 com 5,8%, correndo o risco de furar o telhado já em maio de 2014. As previsões para este ano não são animadoras: há rumores de números próximos a 6,5%, o teto ou pseudoteto, até dezembro¹.
Ademais, os juros sobem e continuarão tendendo a subir caso a inflação engrosse. O IPCA de abril pode estimular o Banco Central a lançar um aumento de 0,25% nas taxas, quicando dos atuais 11%¹. Como se já não bastasse os desleixos internos, os passos tortos dos chineses podem afetar consideravelmente a economia brasileira, vide as desvalorizações do real².
Nessa economia quase estagnada, cujo crescimento se distancia cada vez mais dos ideais, as especulações quanto à China, as quais se estendem para os “BRIS”, são também outro problema. Isso porque perdemos em confiança no mercado internacional, do qual temos mantido tímidas relações. Sem mais importações e exportações será difícil sair desse estado de equilíbrio econômico para a qual migramos.
Essa inércia pode ser averiguada pelo singelo 0,5% de crescimento da indústria no semestre que se encerrou em janeiro. Não se trata de uma transformação positiva, em que os capitais brasileiros estão sendo destinados a outros setores, como o de serviços. Não. As taxas de investimentos também caíram, e caem desde 2010. Setores novos ou com novo dinamismo? Tampouco. As promessas quanto as grandes novidades, como o pré-sal e os biocombustíveis, foram dilaceradas por políticas