Invisibildade do negro

A invisibilidade dos negros no mercado de trabalho

Na pesquisa realizada em dezembro de 2011 em seis metrópoles (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), referente às estimativas do rendimento médio mensal, segundo a cor e a raça. Mostra uma realidade ainda mais precária para os negros, em comparação aos brancos. As desigualdades de rendimento em real são bem notáveis e com grandes diferenças. Essas desigualdades também variam de região, sendo mais acentuada em metrópoles como: Salvador, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em Salvador a diferença do rendimento mensal entre negros e brancos, foi de R$ 1.606,61, e entre negros e pardos de R$ 239,64. É importante ressaltar que a região metropolitana de Salvador tem uma população com esmagadora maioria negra, revelando a histórica dificuldade enfrentada por essa população.
A diferença total do rendimento mensal entre negros e brancos foi de R$ 977,03. Expressando claramente as discriminações sofridas pelos negros no mercado de trabalho, onde as grandes empresas com bons salários e benefícios não contratam negros, e quando os contratam, são para cargos menos qualificados e com menores remunerações. Ponto esse, que Hélio Santos enfatizou ao falar da Apartheid social à brasileira.
Outra pesquisa realizada em 2009 sobre renda media da população, segundo sexo e cor/raça, mostrou que as desigualdades aumentam mais quando raça e gênero andam juntos. A mulher mesmo branca já sofre com as diferenças de salario, mas, quando essa mulher é negra, a diferença se torna mais intensa. Pois ha, uma duplicidade de discriminação. A mulher negra tem um rendimento médio menor que os homens e mulheres brancos, e os homens negros. Em real, pela pesquisa, as diferenças são: a mulher negra ganha R$ 946,60 menos que o homem branco, R$ 412,60 menos que a mulher branca (que por vez, ainda ganha mais que o homem negro) e R$ 289,10 que o homem negro.
As mulheres negras acabam entrando no mercado de trabalho