O Negro na Literatura Brasileira
Quando falamos de personagens negros na literatura brasileira, temos que comecar com o fato que antes de abolicao de escravidao, isto e, antes de 1850, o figura do negro nao existe nas obras literarias. Dulce de Castilho busca de explicar esse silencionamento em dois maneiras. Por um lado, nessa epoca o escritor brasileiro nao considerava o negro, o escravo, como ser humano, mais como uma raça inferior. Por outro lado, como ela disse: ,,...a maioria dos escritores tenha surgido em funçâo dos senhores dos escravos ou dependeu do amparo das instituçoes esravocratas.''
Mas, com o fim de escravidăo, surgiu o interesse pelos negros, particolarmente pela maneira em qual eram tratados. Nos textos literários desse tempo se podem encontrar as descriçoes dos negros com um tom de desgosto, de piedade e desumanidade. Adequadamente, o primeiro romance que aborda essa temática, O Comendador de Pinheiro Guimarăes, foi publicado em 1856.
Ademais, o escritor mais ilustre da causa escrava no Brasil é Castro Alves, que se menciona também no Tenda dos Milagres. Nas suas escrituras ele viu os negros a raça maldita que surgiu da África, o continente desafortunado e abandonado pela civilizaçăo. Junto com outros escritores interessados nessa temática de problemas da escravidăo, ele foi a vitima de preconceitos e intolerâncias ligadas a questăo da raça e da cor. Nessa perspetiva, nota-se que a literatura brasileira mostra a tendencia para o etnocentrismo que limita determinados grupos sociais, nesse caso os negros. Estava evidente uma superioridade da cultura dominante, aquela do branco que era visto como civilizado, enquanto o negro foi visto como demonio e imoral. A personagem do negro foi quase sempre vista a certa distância e nas obras literarias foi inferiorizado etnicamente e caraterizado somente com temas que lembram sua escravidăo, como escreve Helio Jose Luciano no seu artigo. Isto quer dizer que a