Investigação e pratica
Santa Rita
2012
Introdução
Neste texto a autora relata a relação dos operários com as máquinas e ressalta também a questão da disciplina industrial, além de falar claramente a condição em que viviam estes trabalhadores.
Desenvolvimento
As escolas, as prisões, o exército, etc, participaram da elaboração de regulamentações conhecidas como “Disciplina Industrial”. Vasta reflexão sobre o poder e os processos de racionalização a obra de Michel Foucault é um convite a história detalhada dessas redes de malhas cada vez mais densas.
Apesar das semelhanças formais, a fábrica não é uma prisão. Aliás, todo o seu problema foi conseguir pessoas livres para a realização de trabalhos regulares.
Em seu famoso panopticon (espécie de prisão circular onde os detentos ficavam presos em gaiolas, onde a vigilância era feita a partir de uma torre instalada no meio desta prisão), Jeremy Bentham pensa assim resolver o problema disciplinar na prisão.
Ele acreditava que com a fiscalização o problema prisional poderia se resolver.
A visibilidade e a vigilância também são os princípios da disciplina nas fábricas. Eles correspondem a uma tecnologia simples, fundada mais nos instrumentos do que nas máquinas. O trabalho manual predomina, com uma intensiva divisão do trabalho. Essa divisão estrutura a organização em oficinas diversas e fornece os princípios de ordenamento do espaço.
A família era a peça-chave deste processo, onde todos trabalhavam inclusive as crianças, o pai e mãe de família são os instrutores dos seus filhos no trabalho, principalmente na indústria têxtil, e esse tipo de aprendizagem se prolonga por muito tempo durante o séc. XIX, em todos os lugares onde persistem os serviços a domicílio, sobretudo a tecelagem.
As primeiras manufaturas e fábricas geralmente estavam instaladas mais perto das fontes de mão-de-obra.
Os fabricantes procuravam empregar famílias inteiras, como forma de garantir o