Inveja

INTRODUÇÃO

O tema deste trabalho, a inveja, costuma ser negligenciado pelo homem. Apesar de fazer parte da existência do ser humano em sociedade, poucas pessoas, ao longo da história, fizeram estudos sobre esse sentimento e menor quantidade ainda assume ter esse sentimento. Isso se deve ao caráter negativo que a inveja tem adquirido nas sociedades e que sofre influências de diversos fatores, como a religião, a moral, o sistema econômico, o momento histórico, entre outros. Assim, é válido entendermos que, ainda que hoje o pensamento dominante seja que a inveja é um sentimento negativo que deve ser rechaçado, devemos compreender um pouco a construção histórica sobre esse sentimento e até mesmo como alguns autores se posicionaram sobre a inveja. Segundo Viscott (1982) os sentimentos desempenham uma função bastante importante na existência humana. Eles são “nossa reação ao que percebemos através dos sentidos e podem modelar nossa reação ao que experimentaremos no futuro”. (VISCOTT, 1982, p.12). O autor enfatiza o fator histórico dos sentimentos e como eles constituem a própria forma como nós vemos o mundo, ao afirmar que “aquilo que sentimos a respeito de qualquer coisa reflete nossa história e desenvolvimento, nossas influências passadas, nossa agitação presente e nosso potencial futuro.” (idem, p.17). Também é importante trazer a tona o papel interpretativo que os sentimentos possuem uma vez que eles fazem a junção do vivido (experiência) com um sentido (sentimentos agradáveis e dolorosos). Ainda segundo Viscott, existem dois grandes grupos de sentimentos: os positivos, que seriam sentimentos que produzem prazer, são alegres e ampliam nosso senso de força e bem-estar e os sentimentos negativos, que consomem energia, nos exaurem, trazem a sensação de vazio, solidão e impactam como perda.
Sabendo, portanto da importância dos sentimentos para a nossa vida, percebe-se que seja ele qual for, o amor, a paixão ou o ódio e a inveja, é necessário que saibamos um pouco