Invasão dos oceanos
Geleiras e placas de gelo ao redor do mundo podem começar a derreter. De fato, isto já está acontecendo. A perda de grandes áreas de gelo na superfície pode acelerar o aquecimento global, porque menos energia solar será refletida para longe da Terra. O resultado imediato do derretimento das geleiras seria o aumento do nível do mar. Inicialmente, seriam apenas 2,5 ou 5 cm - no entanto, se a placa de gelo da Antártida Ocidental derretesse e caísse sobre o mar, ela elevaria o seu nível em mais de 10 metros, e muitas áreas costeiras iriam desaparecer completamente sob o oceano.
O nível do mar também se elevaria porque as águas do oceano ficariam mais quentes, causando a expansão da água. Mesmo um modesto aumento no nível do mar provocaria enchentes em áreas costeiras baixas. O IPCC estima que o nível do mar tenha subido 17 centímetros durante o século 20. Projeções feitas por cientistas mostram que até 2100 o nível do mar vai subir mais 18 a 55 cm. O Brasil não está entre os 50 países mais ameaçados pela elevação do nível do mar.
Com o aumento da temperatura global das águas, seriam mais numerosas e fortes as tempestades formadas no oceano tais como tempestades tropicais e furacões, que extraem sua energia feroz e destrutiva das águas mornas pelas quais passam.
A principal massa de terra coberta por gelo é a Antártica, no Pólo Sul, com cerca de 90% do gelo de todo o mundo (e 70% de sua água potável). A cobertura de gelo na Antártica tem uma espessura média de 2.133 metros, o que nos leva ao cálculo de que se esse gelo derretesse, o nível do oceano subiria cerca de 61 metros. Mas a temperatura média na Antártica é de -37ºC, então o gelo lá não corre risco de derreter. Na verdade, na maior parte do continente, a temperatura nunca chega acima de zero.
Já do outro lado do mundo, no Pólo Norte, o gelo é bem menos espesso que no Pólo Sul. E no Oceano Ártico, o gelo já está flutuando, o que significa que os níveis do mar não seriam afetados se