Invas O Barbara
Dá-se o nome de invasões bárbaras à série de migrações de vários povos germânicos para a península Ibérica, que viriam a alterar radicalmente a organização da região até então denominada Hispânia sob o Império Romano. Integradas no período das migrações que ocorreu entre os anos 300 a 8001 em toda a Europa, estas migrações marcaram a transição da Antiguidade para aIdade Média e terão sido desencadeadas pelas incursões dos Hunos e pressões populacionais a partir da Europa central.
Migrações bárbaras para a península ibérica:
A partir de 409 chegaram à Lusitânia, província romana que correspondia sensivelmente ao Centro e Sul de Portugal e a Cáceres, Badajoz, Salamanca e parte de Segóvia e Madrid na Espanha — os grandes bandos de alanos ,vândalos e suevos, povos que tinham sido violentamente arrancados das suas terras pela invasão dos hunos e que, depois dessa expulsão, se deslocaram pela Europa, para Ocidente, em busca de novas terras onde se instalar. Em linhas gerais, os alanos eram oriundos da região do Cáucaso; os Vândalos constituíam-se em povos germânicos de origem escandinava; e os suevos, também germânicos, eram aparentados com os grupos anglo-saxões que, por esta altura, foram instalar-se na Inglaterra.
Entre estes, apenas os suevos apresentavam uma organização política. A esta invasão assistiu Paulo Orósio, presbítero de Braga, que deixou registrado que "depressa trocaram a espada pelo arado e se fizeram amigos". Organizaram um reino que abrangia a Galiza e tinha capital em Braga; o reino alargou-se depois para o Sul do rio Douro. Neste reino nasceria a língua e nacionalidade galaico-portuguesa. Estes grupos de bárbaros não parecem ter sido numerosos; ainda assim, subjugaram as províncias romanas com grande rapidez e, depois de instalados, não encontraram grandes resistências por parte das populações nativas, fato que se relaciona com as condições sociais da conjuntura de crise que antecedeu a Queda do Império Romano do