Introdução a ext3 e ext4
Usuários experientes de Linux sabem que o sistema possui excelente performance no gerenciamento de dados, tanto no que diz respeito ao armazenamento, quanto nas alocações e atualizações de informações. Dentre vários, um dos grandes responsáveis por tanta eficiência é o sistema de arquivo (oufilesystem) ext3 (sigla para third extended file system), que passou a ser integrado definitivamente ao Linux (kernel) a partir da versão 2.4. Este artigo mostrará as características mais importantes do ext3, além das razões de sua alta performance.
Sistema de arquivos?
É importanter entender o que é um sistema de arquivos antes de prosseguir no assunto. De maneira resumida, um sistema de arquivos é uma estrutura que indica como os dados devem ser gravados em dispositivos de gravação. É de acordo com os recursos oferecidos por essa estrutura que é possível determinar o espaço disponível e ocupado em disco, e gerenciar como partes de um arquivo podem ficar "distribuídas" nas áreas de armazenamento. É também o sistema de arquivos que determina como os dados podem ser acessados, copiados, movidos, renomeados, protegidos e eliminados. Portanto, sem um sistema de arquivos, é impossível utilizar um disco rígido (e outros dispositivos) para armazenamento de informações.
Funcionamento padrão dos sistemas de arquivos em Linux
Os sistemas de arquivos são criados em partições do disco, de forma que seja possível armazenar programas e dados em formato de arquivos e diretórios (pastas). O Linux, assim como praticamente todos os sistemas operacionais baseados em Unix, usa um sistema de arquivos que possue uma hierarquia, composta de arquivos e diretórios, que podem conter outros diretórios ou arquivos.
Os arquivos/diretórios (sistemas baseados em Unix tratam os diretórios como arquivos específicos) em um sistema de arquivos para Linux são disponibilizados (ou montados) para manipulação através do comando "mount", geralmente acionado no processo de startup