Introdução a eng civil - Patologias da construção civil
INTRODUÇÃO
“Patologia”, etimologicamente, deriva de dois termos gregos – “pathos”, que significa doença, e “lógos”, referente a estudo. Semanticamente, “patologia” é também “desvio do que é considerado normal” – irregularidade. No amplo processo da construção civil, portanto, pode-se denominar “patologia” tanto a análise quanto a manifestação de problemas estruturais após a execução de projetos.
Planejamento, projeto, execução e manutenção são fases da construção civil sujeitas a falhas. Perceptíveis ou não, naturais ou estruturais, tais falhas tornam-se grandes problemas à engenharia quando passíveis de prevenção e/ou muito recorrentes. Assim, é preocupante que, atualmente, a maioria dessas patologias sejam decorrentes da racionalização do processo ou da aceleração da velocidade de execução das obras – ou ambos. Tamanha a recorrência desses desvios que questão é quase redundante: uma das maiores falhas do setor civil são as falhas (as patologias).
Não tão surpreendentemente, as patologias mais comuns nas obras civis contemporâneas são resultantes da falta 1) de aplicação de conceitos e medidas básicas da engenharia; 2) de vistoria e controle do processo estrutural. O diagnóstico e a resolução dos problemas, por sua vez, são medidas que, geralmente, têm sido tomadas já no desenvolvimento do processo patogênico, agravando a situação.
O contexto apresentado constitui o cenário oportuno para desgaste dos clientes e dos responsáveis pelas obras e formação de estereótipos não satisfatórios sobre o setor de construção civil. “Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os maiores vícios construtivos (defeitos originados no próprio processo construtivo, podendo ser um erro de projeto ou uma falha de execução) de obra*”, o estudo a ser desenvolvido mostrará – do planejamento à manutenção – prevenções, diagnósticos e soluções.
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