geologia
Daniel Perdigão Nass
Estudante de química do IQSC-USP - Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo
Haveria vida na Terra se não houvesse oxigênio? Provavelmente, sim, pois existem muitos microrganismos que não precisam desse gás para sobreviver. Mas certamente nenhuma forma mais evoluída existiria como vegetais ou animais. Aliás, os vegetais também precisam de oxigênio. Lembre-se de que as plantas respiram oxigênio, não apenas absorvem luz e gás carbônico durante a fotossíntese.
Os animais necessitam de grandes quantidades de oxigênio para aproveitar a energia contida nos alimentos que consome. Quando os animais não conseguem levar oxigênio rapidamente aos músculos, por exemplo, num esforço intenso e repentino, a queima dos alimentos não produz nem 10% da energia que poderia produzir caso houvesse oxigênio suficiente. Além disso, o oxigênio é fundamental para o crescimento do corpo e o funcionamento do cérebro.
O elemento oxigênio, cujos átomos se combinam dois a dois para formar o gás oxigênio, também se combina em trio, gerando o ozônio, um gás que se forma nas camadas mais altas da atmosfera, e que impede que a danosa radiação ultravioleta chegue à superfície. O elemento oxigênio também está presente na água. E a água, ao contrário do gás oxigênio, é fundamental para todos os organismos vivos da Terra.
O fogo também depende do oxigênio para existir. Quando as substâncias se queimam, elas estão, na verdade, se combinando com o oxigênio da atmosfera. Na Antigüidade, o fogo era considerado um dos quatro "elementos fundamentais", juntamente com a água, a terra e o ar. Observando que as chamas sempre parecem estar saindo de um objeto em combustão, os antigos acreditavam que o fogo provocava a saída de alguma substância desse objeto, substância essa que seria fundamental para a queima de qualquer coisa.
Em 1702, o médico alemão Georg Stahl, utilizando os mesmos conceitos que os antigos, deu nome a essa substância: