Introdução Trabalho Espanhol
O ensino de espanhol tem sido foco da atenção de legisladores, órgãos públicos, instituições de ensino, editoras, autores, professores, futuros professores e pesquisadores. Embora os interesses de cada um desses setores e profissionais sejam muito diferentes, todos eles, de alguma forma, têm em comum a visão de que o material didático é importante.
No Brasil, até o final dos anos 80, a oferta de materiais destinados ao ensino e aprendizagem de espanhol era reduzidíssima e o pouco de que se dispunha provinha, fundamentalmente, de editoras estrangeiras, notadamente espanholas. Entretanto, esse panorama começou a mudar no início dos anos 90, momento em que tanto a produção didática nacional quanto a espanhola incrementaram-se substancialmente (ERES FERNÁNDEZ, 2000, p. 65) e encerrou-se essa década com ao menos 60 títulos publicados por editoras brasileiras, produção essa que abarca livros didáticos, livros de exercícios, material para autoaprendizagem, dicionários, gramáticas, livros de leitura, materiais de apoio para professores, entre outros.
Desde a primeira década deste século até o momento as livrarias e distribuidoras receberam – e continuam recebendo – um volume ainda maior de obras destinadas a alunos e professores de espanhol. Paralelamente, programas governamentais passaram a analisar e distribuir materiais didáticos (MD) para instituições públicas de ensino2, o que também contribuiu para que vários grupos editoriais ampliassem seu catálogo.
Contudo, é recorrente que profissionais da área e/ou futuros profissionais aleguem haver poucas opções de materiais didáticos específicos para o ensino de espanhol. Essa visão equivocada da realidade está presente tanto na fala de muitos de nossos alunos do curso de Licenciatura quanto de profissionais experientes3. Cabe, pois, atualizarmos e ampliarmos a pesquisa individual desenvolvida há uma década de modo a termos um panorama da efetiva situação editorial brasileira e, com isso, podermos informar e