Introdução cidade cerzida
A obra “Cidade Cerzida – A costura da cidadania no morro Santa Marta, de Adair Rocha” propõe a reflexão sobre o conceito de favela, que automaticamente importamos dos estereótipos impostos e da mídia, colocando em questão a definição da palavra e do seu sentido. A análise apresenta as ideias pré-concebidas e as realidades, das quais o morro é vítima, aturando, sob as camadas da vivência, os dilemas da construção de sentido do espaço favela.
1º capítulo:
No primeiro capítulo, o autor menciona o descaso dos moradores do “asfalto” com o que ocorre na favela, como eventuais violências, tiroteios e chachinas.s lá vivem. Mas o descaso se torna medo pela própria vida e pela mudança na rotina, quando as ocorrências se dão em outras áreas não exclusivas dos ditos “favelados”, fazendo com que medidas de proteção sejam desenvolvidas, para preservação da unidade, e não da vida pública.
Também nesse capítulo, é evidenciada a diferença de tratamento que os moradores marginais têm sofrido. Se, antes, eles eram vistos como necessários para o funcionamento do sistema, por representarem uma mão de obra mais acessível; hoje, coma substituição do homem pela tecnologia, eles se tornaram “dispensáveis”, e, portanto, indesejáveis, para muito além do ponto de vista econômico.
Outro ponto muito citado é a ascensão financeira que possibilita a mudança para o “asfalto”, bastante exaltada nos meios de comunicação. Aqueles que vão contra a tendência “natural” da sociedade, de se manter no nível em que se está, são valorizados pela capacidade de superar as barreiras que dividem os dois mundos.
Porém, para superar as barreiras verdadeiramente, é necessário compreender que não há dois mundos, pois eles estão diretamente ligados entre si, fazendo parte de um único conjunto maior, que, esse sim, precisa ser tratado para que a unidade verdadeira seja alcançada.
Também foi apresentado o grupo ECO, que surgiu em resposta ao aumento do tráfico, à ameaça de remoção, à