Introdução ao pcr
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revolucionado a prática da patologia, anatomia e análises clínicas. As técnicas moleculares são agora aplicáveis a todas as áreas do laboratório clínico. Na anatomia patológica, apesar das análises morfológicas ainda serem a principal ferramenta de trabalho, resultados dos estudos de genética molecular têm integrado, cada vez mais, os diagnósticos nas análises cirúrgicas(3-5).
Os estudos genéticos moleculares utilizam uma variedade de técnicas para analisar os ácidos nucléicos
(DNA e RNA). Dentre estas técnicas destacam-se: técnica de hibridização do tipo dot ou blot, Southern e
Northern, e hibridização in situ; técnicas de amplificação de alvos-específicos como a PCR, PCR competitiva,
PCR-transcriptase reversa (RT-PCR) e a PCR em tempo-real; métodos de amplificação de sinal, como por exemplo branched DNA (bDNA); tecnologia de arrays. Os resultados destes ensaios podem ser úteis no diagnóstico, prognóstico, determinação da terapia a ser utilizada, e até mesmo na avaliação da suscetibilidade a doenças.
As principais áreas de aplicação das técnicas moleculares de diagnóstico são: doenças infecciosas, câncer, doenças genéticas, transplantes e patologia clínica(4-8). Estes estudos podem ser realizados no sangue periférico, fluidos corporais, materiais obtidos através de punção, tecidos frescos e tecidos embebidos em parafina.
Na área de doenças infecciosas, a detecção rápida de microrganismos de crescimento lento, ou daqueles não cultiváveis, se torna possível através das técnicas de biologia molecular. As técnicas moleculares também podem ser empregadas na determinação de resistência antimicrobiana, no monitoramento de doenças através da quantificação da infecção e em estudos epidemiológicos(4).
Na área de genética humana, a biologia molecular tornou-se ferramenta fundamental no diagnóstico das doenças monogênicas, permitindo não só a identificação do gene afetado, mas também da mutação responsável