introduçao Wagner
Após a retirada dos reis Etruscos, a República Romana conheceu uma longa crise interna, aluta entre o patriciado e a plebe através da qual se esboçam as suas instituições. É difícildizer com segurança o que opõe estes dois grupos humanos que coexistiam em Roma no século V.Os plebeus, descendentes dos pré-indo-europeus e dos patrícios originários dos conquistadoreslatinos, reforçados por elementos sabinos ou etruscos. Apesar de não existir uma clivagempropriamente étnica há, no entanto, de um lado gentes dotadas de uma sólida estrutura patriarcal eligadas por todo um culto de cultos comuns, e de outro lado uma massa indistinta.
É conhecida por Lei das Doze Tábuas (em latim, Lex Duodecim Tabularum) uma série de leis confeccionadas e inscritas em tábuas de carvalho, considerados um marco na evolução do Direito Romano, a começar pelo simples fato de pela primeira vez ocorrer o registro escrito da letra da lei, o que permitia um cumprimento lógico e rigoroso das regras estabelecidas.
Tal inovação favorecia o interesse das classes mais humildes, que geralmente não tinham força para fazer prevalecer seus direitos em meio à sociedade romana e permaneciam condicionados à submissão incerta dos costumes. Não obstante, um código que não era registrado trazia vantagens aos sacerdotes e magistrados patrícios, que permaneciam como os únicos intérpretes dos costumes e dos preceitos religiosos. Isso certamente daria margem a alguma arbitrariedade, especialmente quando tais classes desejavam obter vantagens por meio de uma interpretação mais favorável da lei.
O contexto do advento da Lei das Doze Tábuas é o da chamada "terceira revolução" romana, onde a plebe (contingente mais humilde dentro da sociedade) gradualmente conquista maiores direitos. Na primeira revolução, ainda no período da monarquia (753 a.C. a 510 a.C.), ocorre a remoção de autoridade política dos reis. A segunda revolução foi marcada por conquistas importantes da plebe, que, liderada pela figura