Introduçao Quelonios Marinhos
Das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo, cinco ocorrem no Brasil: tartaruga de couro ou gigante (Dermochelys coriacea), tartaruga cabeçuda ou mestiça (Caretta caretta), tartaruga oliva (Lepidochelys olivacea), Tartaruga de pente, verdadeira ou legítima (Eretmochelys imbricata) e tartaruga verde ou aruanã (Chelonia mydas) (Marcovaldi e Marcovaldi, 1999).
São répteis e derivam de ancestrais terrestres. Possuem a pele seca, coberta por placas, regulando a temperatura do corpo pela temperatura ambiente. A respiração é pulmonar, podendo permanecer um longo período debaixo de água, quer em repouso quer em busca de alimento e mergulhar a grandes profundidades. Para tal, o organismo funciona lentamente, o coração bate devagar e têm baixo nível metabólico. Bebem água do mar, e possuem órgãos e fisiologia especializados para manter o balanço de sais. As tartarugas não são animais de cérebro evoluído, mas têm a visão, o olfato e a audição extremamente desenvolvidos, além de uma fantástica capacidade de orientação. Tudo para se adaptarem à vida no mar.
São espécies de vida longa, embora não haja comprovação científica da idade que podem atingir. Não alcançam a maturidade sexual a partir de um tamanho uniforme. A passagem pela puberdade pode ocorrer entre os 15 e os 50 anos, ou mais, dependendo da espécie e da área geográfica.
Migradoras em potencial e excelentes navegadoras, nadam centenas de quilômetros durante as migrações entre as áreas de alimentação e as de reprodução e passam a maior parte da vida no mar, porém, necessitam sair da água