o nordeste no romance de 30
Café-Portinari
PORTINARI. Café.
José Hildebrando Dacanal(2001) afirma que o termo neo-regionalista “indica a existência de autores regionalistas no século 19″, caso em que estariam inseridos Bernardo Guimarães, Franklin Távora, Oliveira Paica, cujas obras também abordavam a temática agrária. O estudioso cita outros escritores que também produziram durante a década de 1930, porém seus livros não continham o tema mais comum do período: Octávio Faria, Jorge de Lima, Lúcio Cardoso, Guilhermino Cesar, entre outros. Ele critica, ainda, o conceito arbitrário de romance de 30 (“denominação dada – não se sabe quando nem por quem”) e aponta escritores que produziram no período, mas continuaram sua obra até 1980 com a inserção da temática urbana em seus textos, como é o caso de Jorge Amado.
Uma das características do romance de 30 é a verosimilhança; ou seja, o fato narrado é semelhante à realidade. A história narrada poderia ter acontecido no mundo real. Hildebrando diz que “não há quebra de leis físicas ou biológicas, não há intervenção de forças divinas ou diabólicas”. A estrutura narrativa é linear; os fatos narrados aparecem em uma sequência cronológica, embora em algumas obras como São Bernardo e Fogo Morto a linearidade seja rompida.
Do ponto de vista linguístico, narrador e personagens representam falam o português dos centros urbanos, mesmo quando – no caso dos personagens – utilizam expressões que remetam aos grupos rurais. Há pouco estranhamento por parte do