introducao ormb

INTRODUÇÃO
Ao falarmos de observação de bebês, pode-se dizer que a primeira relatada foi em 1872 com a publicação de um trabalho científico de Darwin, no qual ele propunha a classificação das depressões afetivas do bebê e expunha, pela primeira vez ideais sobre o sorriso do bebê (Spitz, 1965).
Freud (1905) destacou ser a observação direta da criança um método de investigação capaz de complementar achados clínicos no estudo da patologia neurótica de pacientes adultos e que o conhecimento da gênese da vida de relação da criança vinha do aprendizado obtido na observação de crianças em seu meio natural.
Ferenczi e seus sucessores na escola húngara de psicanálise citados por Lebovici (1987) já tinham percebido, entre 1908 e 1912, a importância das ligações íntimas entre a mãe e o bebê, quando descreveram a relação entre identificação e introjeção inicial.
Meltzer escreveu que Freud e Abraham, ao estudarem as fases de evolução da libido no trabalho com os pacientes adultos, conseguiram construir uma criança abstrata, chamada psicanalítica, acrescentando mais tarde que a observação direta da criança começou a trazer o bebê de “volta á vida”. (Sanchez, 1983)
Winnicott (1988) confirmou, a partir de seus estudos desde 1957 até 1963, ser importante a observação direta de crianças junto com a sua mãe e em seu ambiente natural.
Dada a importância da relação mãe-bebê, os cursos em formação em psicoterapia passaram a adotar a prática da observação da relação mãe-bebê (ORMB) na formação de psiquiatras e psicólogos.
A OBSERVAÇÃO DA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ MÉTODO BICK (ORMB)
A prática observação de bebês foi incluída por Esther Bick, em 1948, como parte do curso de formação para psicoterapeutas de criança na Clínica